terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Casamento II

No último capítulo:

Isabella Marie Swan, você aceita Edward Cullen como seu legítimo esposo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?

Eu hesitei um pouco enquanto olhava para o padre, mas no segundo seguinte que olhei dentro dos olhos de Edward... Eu sabia que mesmo que ele não me quisesse eu faria de tudo para ficar a seu lado e fazê-lo feliz, eu sabia que nós tínhamos que casar, mas saber que ele estava sendo obrigado a isso, que ele não me queria era doloroso demais!

Aquelas esmeraldas que eram seus olhos me hipnotizaram e eu automaticamente falei:

Sim!

Minha voz saiu rouca e Edward deu um sorriso de lado.

Edward Cullen, você aceita Isabella Marie Swan como sua legítima esposa, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe?

Agora era a vez de Edward responder e eu sabia que se ele quisesse daria tempo para ele fugir, eu estava apreensiva, não queria passar por isso, eu podia ser abandonada por qualquer um menos por Edward, nós sempre estivemos juntos, sempre contanto segredos um ao outro, nós não tínhamos segredos um com o outro. Nós éramos melhores amigos, como irmãos na concepção dele, mas há muito tempo ele não me chama de “irmãzinha” e isso é um alívio. Edward também me olhava ele com certeza já sabia que eu estava nervosa, pois estava com um sorriso divertido nos lábios, eu estava mordendo o lábio inferior com tanta força que poderia até sangrar.

O padre já ia perguntar novamente quando ele disse sim. Não volta a fita! Ele disse o quê??? Sim??? Eu escutei direito???

O quê? - eu não pude me conter e perguntei.

Eu disse sim. - ele disse quase sussurrando tão perto de mim que me deu até calafrios.

Então eu os declaro marido e mulher. - Oh Santo Cristo, eu escutei certo! Eu estou casada com Edward Cullen! Ele beijou minha testa e sentir seus lábios em mim mesmo que não seja exatamente onde eu queria que fosse foi algo sobrenatural. Eu ainda estava nos meus devaneios quando o chão sai dos meus pés. Eu olho pra cima e Edward estava olhando para mim sorrindo.

O porquê disso? - perguntei totalmente vermelha.

Eu preciso de motivos para pegar minha mulher no colo? - certo depois dessa, se eu estava vermelha antes imagine agora! - Sorria! - ele disse rapidamente e sorrindo em seguida um sorriso fantástico devo admitir e eu logo dei um sorriso tímido, eu não gosto de sorrir falsamente, mas MEU marido tinha pedido. Estávamos saindo pela porta da igreja, com uma porção de repórteres me cegando com seus flashes de câmeras - e definitivamente foi melhor ir carregada do que eu ir andando, correndo o risco de cair na frente de tanta gente e ainda ser clicada. Os convidados jogavam cada vez mais arroz em cima de nós e Edward tentava a todo custo abrir caminho, quando finalmente ele conseguiu, me pôs no carro não sei como e começou dirigir. É esse era um dos hobbies preferido dele e o carro da vez era um volvo reluzente.

Para onde vamos? - perguntei muito séria para o que a ocasião merecia.

Você verá o que Alice nos aprontou! - disse igualmente sério, será que ele já se arrependeu?

Mais alguns minutos depois andando por Los Angeles e chegamos a uma mansão - N/A: Nossa tava demorando eu interromper a fic, mas é que eu queria que vocês imaginassem a mansão dos Cullen! Eu amo aquela casa, er... ta bom, eu me empolguei, vamos a fic ¬¬ - Droga Alice, serão só duas pessoas numa casa, você não precisava comprar uma mansão! Hum... mas pensando bem a casa tem uma ótima vista, a praia! Abriram os portões da mansão e Edward estacionou em algum lugar, eu nem prestei atenção eu ainda pensava em como eu sempre quis morar em uma casa que dava de frente ao mar! Só saí de meus devaneios quando ele abriu a porta pra mim e estendendo a mão disse:

Acompanhar-me-ia Srª. Cullen?

Ofeguei com as palavras e o brilho intenso que emanava de seus olhos, como um príncipe encantado e seu cavalo branco, mas sem a linda princesa digna de ser sua companheira.

Eu decididamente gostava como o Cullen completava “a” Bella.

Segurei sua mão e como sempre senti uma eletricidade com o contato. Será que só eu sentia isso? Nós entramos na mansão de braços dados afinal, tínhamos que fazer nosso papel direito, apesar de só ter nós dois na casa, aparentemente, pois tinham os empregados também. Subimos os degraus da escada, eu não sabia onde iria dormir e era isso que me perturbava agora! Eu dormiria na mesma cama que ele? Ou ele iria querer que eu ficasse em um outro quarto? Eu quase entrei em pânico com a última opção porque se ele não me quiser no quarto dele significa que... ELE IRIA QUERER OUTRA! Eu senti uma súbita onda de raiva tomando meu corpo.

Você está se sentindo bem Bella?

Eu tive vontade de dar a resposta mais mal-criada da minha vida pra ele, coisa que eu nunca pensei em fazer ou sequer fiz. Mas a única coisa que saiu foi um sim abobalhado e sabe o porquê disso? Ele tinha dado um sorriso torto TÃO lindo que eu acho que olhei pra ele feito uma retardada. Nós estávamos parados em frente a um quarto e meu temor voltou.

Alice pediu para colocar nossas coisas aqui então creio que terá que se instalar nesse quarto junto comigo, a não ser é claro que queira que eu peça para lhe arranjarem outro quarto.

É por essas e outras que eu amo Alice. Tentei com todas as forças não responder rápido demais e aparentemente eu consegui.

Não tudo bem. Não podemos dar motivos para desconfiarem de nada.

Oh! Tudo bem.

Ele abriu a porta do quarto e era simplesmente a cara da Alice com os meus gostos e os de Edward. Como ela conseguiu fazer isso? Quem disse que só porque sou a melhor amiga dela eu a entendo? De alguma forma eu consegui pisar no vestido e quando ia direto com a cara no chão alguém me segurou, para ser mais precisa Edward, e eu fiquei com o rosto a centímetros do chão.

Ele me puxou de volta, mas como desastre é meu nome do meio, bem antes do Cullen é claro, eu dei um jeito de cair de costas na cama e Edward bem em cima de mim. Eu não preciso nem dizer que fiquei totalmente ruborizada, não é? O seu rosto perfeito estava tão perto do meu, eu queria tocá-lo, eu precisa disso! Eu precisava dele, do meu anjo! Seu hálito quente e doce roçava em minha boca e me fazia delirar, sim, sim, sim, sua boca estava colocada a minha e um pouco aberta por causa do susto. O que eu mais queria naquele momento era possuir aquela boca tão desejada por mim, eu senti seus braços fortes me segurando pela cintura e seu peito musculoso - não ao exagero - ser pressionado contra meu corpo. Aquela sensação era melhor do que ir a lua mil vezes e voltar de pára-quedas. Sim, eu já estava tendo um colapso com aquela aproximação, foi o mais perto que eu já cheguei dele, ou seja, eu já estava quase por concretizar o beijo, mas aí ele se levantou e murmurou alguma coisa sobre desculpas e foi em direção a uma porta que deve ser o banheiro.

Agora alguém me diz! Eu posso ficar mais frustrada do quê isso? Bati minha cabeça milhões de vezes no colchão, é claro que ele não ia querer me beijar! Ele só precisava de um olhar para ter uma fila de garotas dobrando o quarteirão, loucas por ele e mesmo que ele as dispensasse era só dar um sorriso e pronto estava perdoado! Eu sou uma idiota mesmo, eu sou apenas a melhor amiga dele, a que ele conta todos os segredos, a que ele conta todas as conquistas e mesmo sofrendo escuta tudo, só para ficar ao lado dele.

Bella? - ele estava sério me encarando só com a camisa branca que estava debaixo do paletó e que agora já estava com alguns botões abertos, me deixando apreciar o que eu conseguisse vislumbrar.

Sim? - eu não o olhei mais, é claro que eu não estava mais zangada, mas era melhor não me tentar.

Senti um peso a mais na cama, eu sabia que era ele. E lá se foram meus planos de não olhá-lo, ele tinha se deitado ao meu lado.

É sério me desculpe! Eu não tive a intenção.

É claro que não!

Foi só um acidente, Edward, isso vive acontecendo comigo.

Você está zangada!

Não, não estou! - eu estou frustrada.

Não é o que parece.

E o que parece? - virei para fitá-lo.

Ele não respondeu ficou me encarando, ele queria dizer algo, mas não iria dizer com certeza me poupando da verdade! Levantei da cama para ir tomar banho e tive todo o cuidado para não cair mais e causar problemas. Virei de repente e ele ainda me olhava definindo se eu estava mesmo zangada ou não, suspirei.

Quer tomar banho? - falei e ele arqueou a sobrancelha, eu ri e ele me acompanhou agora eu tinha certeza que ele sabia que eu não estava zangada com ele, mas é claro que eu estava falando sério sobre a proposta. Peguei a toalha e fui tomar meu banho.

Eu saí do banho e ele ainda estava deitado na cama, mas agora de olhos fechados, ele levantou-se e foi tomar seu banho, é parece que o dia não foi só cansativo para mim! Eu procurava alguma camisola decente, mas parece que Alice tinha pensado que Edward não ia querer olhar tanto para as camisolas e só colocou coisa transparente! Só pra ter uma idéia a camisola mais “decente” que encontrei era de seda vermelha que dava um contraste com minha pele branca e ia até antes do meio da coxa abertas dos lados, o decote era em forma de coração e tinha um laço ente os seios. Se essa era a camisola mais decente eu não queria nem ver o resto, procurei alguma calcinha e Alice claro que não ia me decepcionar, era TUDO de fio dental. Peguei qualquer uma afinal, era tudo igual na minha concepção mesmo. Alice não ia me decepcionar em nenhuma parte e a calcinha era amarrada em laços, ela com certeza se divertiu muito nessa última compra.

Eu pretendia terminar logo com isso antes que Edward aparecesse e me visse com essa maldita roupa, soltei os cabelos e comecei a passar creme nas pernas e foi nessa hora que ele apareceu... só com a toalha amarrada na cintura! Eu não sabia se morria de vergonha e me escondia no primeiro buraco a vista ou se continuava a admirá-lo, com certeza a segunda opção ganhou.

Eu já o tinha visto só de toalha antes e de sunga também, mas a cada eu vez eu fico com cara de retardada olhando para a perfeição que é seu corpo. Ele olhava pra mim com um sorriso sacana que brincava em seu rosto perfeito de anjo e eu logo falei:

Alice!

Foi o que eu pensei. - É claro que ele já tinha visto coisa melhor, tomei coragem e caminhei, ou melhor, marchei para o banheiro para deixá-lo se vestir, lutei contra minha vontade de ficar e admirá-lo mais. Aproveitei e molhei o rosto, parecia que o sol tinha me feito uma visita, enxuguei o rosto e quando saí ele estava só com de calção! SÓ DE CALÇAO? Ele quer acabar com o pouco de sanidade que eu ainda tenho?

Deitei-me na cama e me cobri!

Ele caminhou até frigobar e retirou de lá uma garrafa de champanhe, colocou no balde com gelo e trouxe duas taças.

Champanhe?

Claro.

Ele encheu a minha taça e me ofereceu.

Ao quê brindaremos? - perguntei.

Que tal ao nosso “casamento”? - ele disse com um pouco de sarcasmo. E isso feriu meu orgulho. Eu tomei a bebida de uma vez só, eu estava sofrendo! Eu o tinha ali, mas ele não era meu.

Estava com sede não é?

Pode-se dizer que sim!

Ele riu.

O que foi? - ótimo minha voz já tinha saído embargada e eu já virara motivo de piada! Eu deveria tornar isso fácil pra ele e não o dar trabalho.

Você é fraca com bebidas alcoólicas.

Foi você quem me ofereceu.

Quando te ofereci a bebida não sabia que ia se embriagar com um copo! Nunca ti vi bebendo.

É por isso que você e ninguém nunca me viram bebendo, eu não sou boa nisso!

Você é boa em outras coisas. - se eu não estivesse bêbada eu teria corado, mas como as pessoas mesmo dizem que quando bebemos ficamos “alegres” e desinibidos...

Em quê, por exemplo? - tentei imitar o sorriso sacana dele, mas não devo nem ter chegado perto.

Em muitas coisas! - ele pegou o copo da minha mão e colocou em outro lugar que eu nem me importei, mas mesmo assim reclamei.

Ei! Por que fez isso?

Você já bebeu o bastante. É melhor dormirmos!

Hmmmm...

É, sério Bella!

Claro. - eu sorri e ele em resposta arqueou uma sobrancelha. Eu deitei novamente, eu tinha estado sentada em cima das minhas pernas esse tempo todo, e me cobri. Ele desligou a luz do quarto e ficou só a do abajur, iluminando seu lindo rosto, ele deitou ao meu lado e também se cobriu. Nós ficamos em silêncio em alguns minutos e parecia que o efeito da bebida já estava bem fraco afinal tinha sido só um copo!

Edward?

Sim?

Eu... - hesitei, fazia tempo que eu não pedia isso a ele, eu tinha medo de ser rejeitada.

O quê? - ele perguntou agora me fitando.

Nada, esqueci!

Se fosse mesmo nada você não teria me chamado.

Corando eu falei: Eu... posso... er... te abraçar?

Ele deu um sorriso torto e estendeu os braços para mim e eu girei na cama até a ele. O abracei e ele me envolveu em seus braços fortes, era tão bom sentir seu calor, eu me sentia segura toda vez que estava perto dele, mas desse jeito era muito melhor! Eu ainda lembro dos nossos momentos juntos quando conversávamos à noite, eu fazia questão de ficar até tarde da noite só para esperá-lo chegar para conversar com ele e no final eu sempre acabava dormindo em seus braços e ele NUNCA me recusou! Mas agora era diferente nós estávamos casados por causa da nossa família e eu pela primeira vez não consigo entendê-lo. Eu nunca tive esse tipo de problema, não antes da viagem dele depois que ele voltou nós nos tornamos distantes.

Não vai ficar de ressaca?

Eu senti um pouco de sarcasmo na sua voz ou foi impressão minha?

Foi impressão sua.

Claro - como disse eu não consigo mais entendê-lo, sou fraca por querer algo que nunca vai ser meu e querer trocar algo que já tenho por algo que não poderei ter. - Você lembra de quando ficávamos assim?

Eu levantei o rosto para encarar a perfeição e não, eu não me cansava de dizer o quanto ele era perfeito e o quanto ele me deslumbrava.

Lembro! Você me espera até tarde e eu tentava voltar o mais cedo possível para que você não esperasse muito por mim.

Eu não sabia disso!

Claro que não. - ele ficou pensativo e eu me peguei pensando nesses momentos.

Nós nos tornamos tão distantes! - falei de repente.

Pensei que apenas eu achasse isso.

Por que você acha que isso aconteceu? Por que você se afastou da sua melhor amiga? - minha voz continha um pouco de desespero na primeira pergunta e um pouco de falso divertimento na segunda, mas tenho certeza que ele percebeu o principal sentimento que soou nas duas palavras que doeu em dizer: melhor amiga.

Eu gostaria de ter essas respostas. - ele me apertou mais contra si, beijou minha testa, depois apoiou seu queixo na minha cabeça e fechou os olhos para finalmente dormir.

Eu apertei mais os meus braços em torno dele e beijei seu pescoço, eu esperava que ele já estivesse dormindo! Já quase na total inconsciência do sono eu murmurei: Meu anjo!

Seu. - eu ainda tive a oportunidade de escutá-lo pronunciar essa única palavra com sua voz rouca do sono e tão perto do meu ouvido. Estremeci.